Segundo a revista Observatório Social que será lançada na
próxima quinta 17, políticos e empresários do Pará montaram um consórcio para abastecer a indústria mundial do aço com carvão do desmatamento e do
trabalho escravo. Fazem parte do consórcio
funcionários da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Os principais beneficiários do esquema são as companhias
siderúrgicas que operam no pólo de Carajás, dentre elas a Cosipar, que em breve
receberá um aporte de US$ 5 bilhões de investidores russos.
Com o carvão do desmatamento fornecido pelo consórcio - e o
minério de ferro da Vale, as siderúrgicas produzem ferro-gusa. Depois, vendem o
produto para gigantes globais do setor de aço.
São as mega empresas de aço que financiam a devastação da
floresta, pois compram 90% da produção de ferro-gusa. São elas: Gerdau, TyssenKrupp, Kohler,
WhirlpoolCorp, Nucor Corporation e National Material Trading Co.
A Vale também é responsabilizada, ao não cumprir acordo de
2008 com o Ministério do Meio Ambiente, de só vender minério de ferro para quem
usasse carvão certificado.
Na edição do jornal Valor Econômico de segunda 14, o
governador do Pará, Simão Jatene, disse o seguinte: Tenho relação boa com todo
mundo que trata bem o Estado e tenho uma relação péssima com todo mundo que
trata ou tenta tratá-lo mal.... não tenho problema com nenhuma empresa. Não
pretendo ser empresário e espero que eles não pretendam ser governadores do
Estado”.
Simão Jatene herdou de Ana Júlia uma das secretarias de
estado de meio ambiente mais problemáticas do país. Terá forças para afastar os
corruptos e sanear o órgão ambiental?
Nessa semana, vamos ouvir o governador e saber quais seus
planos para estancar a devastação da floresta, financiada pela indústria global
do aço. Acompanhe aqui no blog.
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